Aos leitores, acadêmicos, veteranos e principiantes na fé.  
 
     No tempo em que os juízes julgavam a terra, uma história floresce neste período anárquico da narrativa judiciária. É nos campos de Belém, que desencadeia a fome, decisões precipitadas, perdas, amargura e recomeços.
     As lições práticas deste livro nos levam a urdir em nossas decisões, a peregrinação em Moabe, ao luto, no entanto, a esperança diante do caos, dos passos em um caminho de volta, o caminho de uma grande colheita. 
     Dos campos até a eira, no tirar das sandálias, o grito da redenção, o amor que alcança os gentios, a Graça que inclui quem não incluiríamos em nossos planos. Um plano eterno, da queda de um Elimeleque a nosso Boaz, de Adão até Cristo, nosso Remidor, que não fará de sua casa, “A casa do descalçado”, Ele decidiu o caminho da cruz e da compra.
     As lições práticas e seus desdobramentos nos remetem a Cristologia inserida no Livro de Rute, sua tipologia, Elimeleque, Rute, Boaz, o Fulano, o Juiz, o portão da cidade, as sandálias, realçam de forma singela alguns pilares da teologia; Queda, Redenção e Consumação, a criação restaurada, e o “posseiro” retirado; a terra pertence ao Senhor!
 
O livro de Rute
     Podemos chamar o livro de Rute de uma perfeita históriade amor, um dos mais belos romances da Bíblia,uma pérola, ou melhor, um tesouro encontrado por aquele que compra o campo — um tesouro nos campos da imoral Moabe, um rubi à vista de Boaz. Indubitavelmente, uma das mais brilhantes e formidáveis narrativas ocorrentes dos campos de Belém. O livro nos fascina e nos envolve nesse amor, no dramaliterário de 85 versículos que misturam crises financeiras, precipitações, rotas de fuga, emigração, mazelas, mortes, viuvez, pobreza e amargura.